[:pt]Embora simules a tua pior faceta,
O fim da vida você assegurou o meu;
E não haverá vida além do teu bem-querer,
Por este depender apenas de teu amor.
Assim não preciso temer o maior dos males,
Quando o menor deles puser fim à minha vida.
Vejo que me cabe uma condição ainda melhor
Do que a de depender do teu humor.
Não podes humilhar-me com tua inconstância,
Pois minha vida jaz em tua revolta.
Ó, que felicidade encontro,
Feliz por teu amor, feliz por enfim morrer!
Mas o que é tão abençoado que não tema a mácula?
Poderás ser falsa e, mesmo assim, a tudo ignoro.

 

But do thy worst to steal thyself away,
For term of life thou art assured mine,
And life no longer than thy love will stay,
For it depends upon that love of thine.
Then need I not to fear the worst of wrongs,
When in the least of them my life hath end.
I see a better state to me belongs
Than that which on thy humour doth depend;
Thou canst not vex me with inconstant mind,
Since that my life on thy revolt doth lie.
O, what a happy title do I find,
Happy to have thy love, happy to die!
But what’s so blessed-fair that fears no blot?
Thou mayst be false, and yet I know it not.