Por que meu verso está tão minguado,
Sem variação ou rápidas mudanças?
Por que com o tempo não olho para o lado
Buscando novos métodos e estranhos modos?
Por que escrevo da mesma forma, a mesma coisa,
E deixo à parte a invenção,
Que cada palavra se torne minha conhecida,
Mostrando-me de onde vem?
Ó, saiba, amor, que é para ti que escrevo,
E tu e o amor sois ainda meus assuntos;
Então, o melhor que faço é reescrever as velhas palavras,
Aplicando novamente o que já foi usado;
Como o sol que, a cada dia, é sempre velho e novo,
Assim é o meu amor, dizendo tudo que se diz.
Why is my verse so barren of new pride,
So far from variation or quick change?
Why with the time do I not glance aside
To new-found methods and to compounds strange?
Why write I still all one, ever the same,
And keep invention in a noted weed,
That every word doth almost tell my name,
Showing their birth and where they did proceed?
O, know, sweet love, I always write of you,
And you and love are still my argument;
So all my best is dressing old words new,
Spending again what is already spent:
For as the sun is daily new and old,
So is my love still telling what is told.