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O pequeno deus do amor certa vez dormia
Deixando ao lado sua flecha amorosa,
Enquanto várias ninfas, jurando-se sempre castas,
Vieram, pé ante pé, mas, em sua mão virginal,
A mais bela tomou o fogo
Que incendiara legiões de corações verdadeiros;
Assim, a lança do desejo ardente
Dormia desarmada ao lado da mão desta jovem.
A flecha, ela mergulhou em um poço de água fria,
Que se acendeu com o eterno fogo do Amor,
Criando um banho e um bálsamo
Para os enfermos; mas eu, jugo de minha senhora,
Vim para me curar, e isto, assim, eu provo,
O fogo do amor aquece a água, mas a água não esfria o amor.

 

The little Love-god lying once asleep,
Laid by his side his heart-inflaming brand,
Whilst many nymphs that vowed chaste life to keep
Came tripping by; but in her maiden hand
The fairest votary took up that fire
Which many legions of true hearts had warmed;
And so the General of hot desire
Was, sleeping, by a virgin hand disarmed.
This brand she quenched in a cool well by,
Which from Love’s fire took heat perpetual,
Growing a bath and healthful remedy,
For men diseased; but I, my mistress’ thrall,
Came there for cure and this by that I prove,
Love’s fire heats water, water cools not love.