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Tradução da Sinopse das peças. Fonte: The Cambridge Shakespeare Guide

 

Henrique VI, Parte 1:

No funeral de Henrique V, chega a notícia das perdas na França, e os nobres começam a discutir, em especial o Duque de Gloucester e o Bispo de Winchester. Seus apoiadores brigam em Londres e têm de ser dispersados pelo Prefeito. No cerco a Orleans, os franceses são derrotados pelos ingleses e a santa donzela Joana D´Arc derrota o Delfim durante um teste, antes de tomar Orleans do lendário guerreiro inglês, Talbot, em uma batalha durante a qual morre o Conde de Salisbury. Talbot, Burgundy e Bedford retomam Orleans, e Talbot escapa às tentativas da Condessa de Auvergne de capturá-lo. No Jardim do Templo, em Londres, Ricardo Plantageneta e o Duque de Somerset declaram suas pretensões rivais ao trono e apanham, respectivamente, uma rosa branca e uma vermelha, como emblema de sua lealdade. Edmundo Mortimer, herdeiro de Ricardo II, morre na prisão, favorecendo assim a reinvidicação de Plantageneta. O jovem rei Henrique VI torna Plantageneta Duque de York e vai para a França ser coroado. Na batalha por Rouen, Burgundy é persuadido a trocar de lado. O Rei tenta, sem sucesso, mediar uma discussão entre Vernon (apoiador de York) e Basset (Somerset), causando assim irritação a York. A disputa entre York e Somerset afeta os suprimentos para Talbot em Bordeaux: ele e o filho são mortos. Durante as negociações de paz, oferecem a mão da filha do Conde de Armagnac a Henrique; porém Suffolk captura Margarida d´Anjou e a corteja para casar com Henrique e se tornar amante dele, Suffolk, entregando duas províncias ao pai dela em agradecimento. York captura Joana, que está invocando espíritos demoníacos: os franceses se voltaram contra ela. Ela é condenada à morte. York e Winchester – agora cardeal – negociam pela paz, mas Suffolk convence Henrique a se casar com Margarida apesar das objeções dos dois.

 

Henrique VI, Parte 2:

Margarida d´Anjou é apresentada à corte por Suffolk: o casamento é lamentado por Gloucester. Winchester, Buckingham e outros nobres concordam que Gloucester precisa ser derrubado. York também tem ambições ocultas em relação ao trono. Gloucester repreende a esposa, Eleonor, por suas ambições à coroa; Eleonor chama um padre, Hume, para que traga bruxas que possam prever o futuro. Hume está a serviço de Suffolk. O espírito profetiza a derrocada de Henrique, York e Suffolk, mas a sessão é interrompida por Buckingham e York, que prendem Eleonor e a condenam ao banimento. Gloucester renuncia ao cargo de real protetor. York tenta ganhar apoio de Salisbury e Warwick para sua pretensão ao trono e, quando Suffolk retorna com a notícia de derrotas na França, os nobres conspiram contra Gloucester para acusá-lo de traição. Henrique o defende. York revela aos espectadores que ele incitou um alfaiate, Jack Cade, a se rebelar disfarçado como ancestral já falecido, John Mortimer, o que traz mais confusão ao reino. Gloucester é encontrado morto, e Suffolk é acusado e exilado. Winchester morre. A rebelião de Cade avança de Kent para Londres, prendendo e executando Lorde Say. Clifford e Buckingham recebem os rebeldes com o perdão de Henrique: o motim se dispersa, e Cade foge. Ele é encontrado, faminto, no jardim de Alexander Iden, e assassinado. York retorna da Irlanda para uma batalha contra Henrique e seus apoiadores em Santa Albano. York mata Clifford; Ricardo mata Somerset. Henrique e Margarida fogem dos vitoriosos iorquistas.

 

Henrique VI, Parte 3:

Na corte, os iorquistas forçam o Rei Henrique a deserdar o filho Príncipe Eduardo em benefício de York e seus herdeiros a fim de parar a guerra civil. Rainha Margarida denuncia a trama e jura defender os direitos do filho. Eduardo e Ricardo, filhos de York, o convencem a tomar a coroa imediatamente: na batalha, seu outro filho, Rutland, é morto pelo jovem Clifford, e York é capturado, atormentado e assassinado por Margarida. Eduardo, filho de York, é proclamado rei por seus apoiadores, e os iorquistas são vitoriosos na Batalha de Towton. Henrique sonha com a simplicidade de uma vida pastoral em lugar das pressões da realeza, e seu lamento pelos horrores da guerra civil é ilustrado pelo luto do filho que matou o próprio pai por engano, e do pai que involuntariamente matou seu único filho. Margarida, Henrique, Príncipe Eduardo e Exeter fogem para a Escócia. Clifford é assassinado, e Eduardo é proclamado rei: ele captura e prende Henrique na Torre. Lady Elizabeth Grey implora pelas terras do falecido marido perante Eduardo e rechaça os avanços sexuais dele, insistindo em dizer que precisa se casar com ela, o que ele acaba fazendo. Os nobres estão ultrajados, e Warwick e o Rei Francês – cuja irmã estava prometida para Eduardo – se voltam contra o novo rei. Ricardo de Gloucester, irmão de Eduardo, manifesta sua ambição ao trono e se une aos inimigos de Eduardo. Warwick e Clarence retiram a coroa do Rei e o capturam, libertando Henrique da torre e o restituindo ao trono. Os iorquistas chegam à Inglaterra e marcham para Londres, proclamando Eduardo rei mais uma vez. Na Batalha de Barnet, Warwick é morto. Depois de muitas trocas de lado, na batalha final em Tewkesbury, Eduardo derrota Margarida e mata seu filho, Príncipe Eduardo: ela os amaldiçoa e é banida para a França. Gloucester mata Henrique na Torre. Rainha Elizabeth dá à luz um filho em meio ao júbilo iorquista, mas o agourento “beijo de Judas” que Gloucester dá no bebê príncipe sugere que a paz não está totalmente garantida.

 

Ricardo III:

Ricardo, Duque de Gloucester, trama contra seu irmão, Rei Eduardo IV e a casa de York, acusando falsamente o irmão deles, George, Duque de Clarence, de traição. Fingindo ter pena, Ricardo envia dois assassinos à Torre de Londres para matá-lo. Ricardo conhece Lady Anne, que está chorando junto ao caixão do sogro, Henrique VI, morto por Ricardo, e, em uma demonstração de bravura persuasiva, conquista sua mão, mesmo ao confessar o assassinato de Henrique e do marido, Príncipe Eduardo, alegando que foi levado a cometer o crime por conta da beleza dela. Com a morte de Eduardo, Rainha Elizabeth e seus filhos Dorset e Grey ficam inquietos com a perspectiva de terem Ricardo como Lorde Protetor do jovem (outro) Príncipe Eduardo e o Duque de York; a Rainha então se refugia com seu filho mais novo e a Duquesa de York. A Duquesa, mãe de Ricardo, e a antiga Rainha Margaret, viúva de Henrique VI, o amaldiçoam. Como Lorde Protetor, Ricardo manda seus adversários Rivers e Grey para a prisão e, com seu chefe conselheiro, o Duque de Buckingham, acomoda os príncipes na Torre. Ricardo manda executar Rivers, Grey, Vaughan e Hastings por considerá-los obstáculos a seu plano. Ele e Buckingham manipulam o Lorde Prefeito e os cidadãos de Londres para que implorassem a Ricardo que assumisse o trono, encenando um ato de piedade e simulando não desejar a coroação. Dorset abandona a Inglaterra para se unir às forças de Richmond no estrangeiro. Ricardo renega sua promessa de um condado para Buckingham quando este se recusa a sancionar o assassinato dos jovens príncipes: Ricardo envia Tyrell para matá-los, e Buckingham e o Bispo de Ely fogem para a oposição. A morte de Anne permite que Ricardo proponha casamento para a Princesa Elizabeth (que não aparece na peça), filha de Eduardo IV, e a Rainha finge concordar. Richmond chega a Milford Haven, e Ricardo mantém o jovem Stanley como refém em troca da lealdade do pai. Richmond e Elizabeth vão se casar. Na véspera da batalha, Ricardo é amaldiçoado em sonho pelos fantasmas de suas vítimas, que depois vão até Richmond para abençoar sua empreitada. Em Bosworth Field, Ricardo é derrotado por Richmond em um combate individual; Richmond é coroado e anuncia que vai unir as casas de York e Lancaster e promover à paz.