Print Friendly, PDF & Email

A primeira referência ao jovem Fortimbrás, filho do falecido rei da Noruega, é feita na primeira cena da peça. Horácio explica a Marcelo e Bernardo, seus companheiros na guarda do castelo, as circunstâncias da morte do rei Fortimbrás, em combate contra o rei Hamlet. Horácio conta que “o jovem Fortimbrás, inexperiente e impulsivo, reuniu fraudulentamente um bando de aventureiros sem terra, aqui e ali, nos limites da Noruega” (young Fortinbras,/ Of unimproved mettle, hot and full,/ Hath in the skirts of Norway, here and there,/ shark’d up a list of landless resolutes) (1.1), disposto a invadir a Dinamarca e recuperar as terras perdidas por seu pai.</p>
É curioso observar que três dos personagens da peça têm por objetivo vingar a morte do pai: o jovem Fortimbrás, Hamlet e Laerte.

No despacho real da segunda cena do Primeiro Ato, o rei Cláudio expõe para os presentes as razões pelas quais ele envia embaixadores à vizinha Noruega, com uma carta para o soberano daquele país, “o qual, afastado e acamado, talvez mal saiba das intenções de seu sobrinho, — para que reprima seus próximos passos, já que o jovem está alistando pessoas e fazendo provisões entre seus súditos” (Who, impotent and bed-rid, scarcely hears/ Of this his nephew’s purpose, —to suppress/ His further gait herein; in that the levies,/ The lists, and full proportions, are all made/ Out of his subject) (1.2).

Quando do retorno dos embaixadores, na segunda cena do Segundo Ato, a situação se tranqüiliza. As tropas recrutadas serão usadas contra os poloneses e não mais contra a Dinamarca, que servirá apenas de território de passagem.

A primeira participação física de Fortimbrás no palco só ocorre na quarta cena do Quarto Ato, com duas falas, quando ele e seu exército estão a caminho da Polônia. Ele diz ao seu capitão “Vá, capitão, cumprimentar por mim o soberano dinamarquês. Diga-lhe que, por esta licença, Fortimbrás solicita a permissão prometida de passagem por seu reino” (Go, captain, from me greet the Danish king:/ Tell him that, by his license, Fortinbras/ Claims the conveyance of a promis’d march/ Over his kingdom) (4.4).

Ele reaparece apenas na última cena da peça, de volta de sua bem-sucedida campanha na Polônia. No filme dirigido por Kenneth Branagh, que também desempenha o papel de Hamlet, a chegada do exército norueguês ao castelo de Elsinore é uma invasão militar devidamente planejada. Neste caso, o príncipe Fortimbrás estaria desobedecendo à promessa de não atacar a Dinamarca feita ao rei norueguês, seu tio. No texto da peça, a visita de Fortimbrás ao castelo parece ser de cunho protocolar, para aproveitar o ensejo de sua passagem de volta à Noruega. Dadas as novas circunstâncias escontradas, ele refaz seu discurso e diz:

“Quanto a mim, com pesar abraço minha fortuna:/ Tenho antigos direitos neste reino,/ Que as circunstâncias me convidam a reivindicar” (Let us haste to hear it,/ And call the noblest to the audience./ For me, with sorrow I embrace my fortune:/ I have some rights of memory in this kingdom,/ Which now to claim my vantage doth invite me) (5.2).

Este não parece ser o discurso do comandante de um exército invasor. Se for, o príncipe Fortimbrás é um político extremamente hábil, merecedor portanto do voto que Hamlet lhe atribui em suas últimas palavras, dirigindo-se ao amigo Horácio:

“Oh, Horácio, estou morrendo!/ O veneno potente subjuga completamente meu espírito:/ Não vou viver para ouvir as novas da Inglaterra;/ Mas profetizo que a eleição recairá sobre/ Fortimbrás: ele tem meu voto moribundo;/ Conte-lhe, com todos os incidentes, grandes e pequenos,/ Que me levaram — o resto é silêncio” (O, I die, Horatio;/ The potent poison quite o’ercrows my spirit:/ I cannot live to hear the news from England;/ But I do prophesy the election lights/ On Fortinbras: he has my dying voice;/ So tell him, with the occurrents, more and less,/ Which have solicited —The rest is silence) (5.2).

Com Fortimbrás, restabelece-se a ordem no reino da Dinamarca.[:en]A primeira referência ao jovem Fortimbrás, filho do falecido rei da Noruega, é feita na primeira cena da peça. Horácio explica a Marcelo e Bernardo, seus companheiros na guarda do castelo, as circunstâncias da morte do rei Fortimbrás, em combate contra o rei Hamlet. Horácio conta que “o jovem Fortimbrás, inexperiente e impulsivo, reuniu fraudulentamente um bando de aventureiros sem terra, aqui e ali, nos limites da Noruega” (young Fortinbras,/ Of unimproved mettle, hot and full,/ Hath in the skirts of Norway, here and there,/ shark’d up a list of landless resolutes) (1.1), disposto a invadir a Dinamarca e recuperar as terras perdidas por seu pai.

É curioso observar que três dos personagens da peça têm por objetivo vingar a morte do pai: o jovem Fortimbrás, Hamlet e Laerte.

No despacho real da segunda cena do Primeiro Ato, o rei Cláudio expõe para os presentes as razões pelas quais ele envia embaixadores à vizinha Noruega, com uma carta para o soberano daquele país, “o qual, afastado e acamado, talvez mal saiba das intenções de seu sobrinho, — para que reprima seus próximos passos, já que o jovem está alistando pessoas e fazendo provisões entre seus súditos” (Who, impotent and bed-rid, scarcely hears/ Of this his nephew’s purpose, —to suppress/ His further gait herein; in that the levies,/ The lists, and full proportions, are all made/ Out of his subject) (1.2).

Quando do retorno dos embaixadores, na segunda cena do Segundo Ato, a situação se tranqüiliza. As tropas recrutadas serão usadas contra os poloneses e não mais contra a Dinamarca, que servirá apenas de território de passagem.

A primeira participação física de Fortimbrás no palco só ocorre na quarta cena do Quarto Ato, com duas falas, quando ele e seu exército estão a caminho da Polônia. Ele diz ao seu capitão “Vá, capitão, cumprimentar por mim o soberano dinamarquês. Diga-lhe que, por esta licença, Fortimbrás solicita a permissão prometida de passagem por seu reino” (Go, captain, from me greet the Danish king:/ Tell him that, by his license, Fortinbras/ Claims the conveyance of a promis’d march/ Over his kingdom) (4.4).

Ele reaparece apenas na última cena da peça, de volta de sua bem-sucedida campanha na Polônia. No filme dirigido por Kenneth Branagh, que também desempenha o papel de Hamlet, a chegada do exército norueguês ao castelo de Elsinore é uma invasão militar devidamente planejada. Neste caso, o príncipe Fortimbrás estaria desobedecendo à promessa de não atacar a Dinamarca feita ao rei norueguês, seu tio. No texto da peça, a visita de Fortimbrás ao castelo parece ser de cunho protocolar, para aproveitar o ensejo de sua passagem de volta à Noruega. Dadas as novas circunstâncias escontradas, ele refaz seu discurso e diz:

“Quanto a mim, com pesar abraço minha fortuna:/ Tenho antigos direitos neste reino,/ Que as circunstâncias me convidam a reivindicar” (Let us haste to hear it,/ And call the noblest to the audience./ For me, with sorrow I embrace my fortune:/ I have some rights of memory in this kingdom,/ Which now to claim my vantage doth invite me) (5.2).

Este não parece ser o discurso do comandante de um exército invasor. Se for, o príncipe Fortimbrás é um político extremamente hábil, merecedor portanto do voto que Hamlet lhe atribui em suas últimas palavras, dirigindo-se ao amigo Horácio:

“Oh, Horácio, estou morrendo!/ O veneno potente subjuga completamente meu espírito:/ Não vou viver para ouvir as novas da Inglaterra;/ Mas profetizo que a eleição recairá sobre/ Fortimbrás: ele tem meu voto moribundo;/ Conte-lhe, com todos os incidentes, grandes e pequenos,/ Que me levaram — o resto é silêncio” (O, I die, Horatio;/ The potent poison quite o’ercrows my spirit:/ I cannot live to hear the news from England;/ But I do prophesy the election lights/ On Fortinbras: he has my dying voice;/ So tell him, with the occurrents, more and less,/ Which have solicited —The rest is silence) (5.2).

Com Fortimbrás, restabelece-se a ordem no reino da Dinamarca.[:fr]A primeira referência ao jovem Fortimbrás, filho do falecido rei da Noruega, é feita na primeira cena da peça. Horácio explica a Marcelo e Bernardo, seus companheiros na guarda do castelo, as circunstâncias da morte do rei Fortimbrás, em combate contra o rei Hamlet. Horácio conta que “o jovem Fortimbrás, inexperiente e impulsivo, reuniu fraudulentamente um bando de aventureiros sem terra, aqui e ali, nos limites da Noruega” (young Fortinbras,/ Of unimproved mettle, hot and full,/ Hath in the skirts of Norway, here and there,/ shark’d up a list of landless resolutes) (1.1), disposto a invadir a Dinamarca e recuperar as terras perdidas por seu pai.

É curioso observar que três dos personagens da peça têm por objetivo vingar a morte do pai: o jovem Fortimbrás, Hamlet e Laerte.

No despacho real da segunda cena do Primeiro Ato, o rei Cláudio expõe para os presentes as razões pelas quais ele envia embaixadores à vizinha Noruega, com uma carta para o soberano daquele país, “o qual, afastado e acamado, talvez mal saiba das intenções de seu sobrinho, — para que reprima seus próximos passos, já que o jovem está alistando pessoas e fazendo provisões entre seus súditos” (Who, impotent and bed-rid, scarcely hears/ Of this his nephew’s purpose, —to suppress/ His further gait herein; in that the levies,/ The lists, and full proportions, are all made/ Out of his subject) (1.2).

Quando do retorno dos embaixadores, na segunda cena do Segundo Ato, a situação se tranqüiliza. As tropas recrutadas serão usadas contra os poloneses e não mais contra a Dinamarca, que servirá apenas de território de passagem.

A primeira participação física de Fortimbrás no palco só ocorre na quarta cena do Quarto Ato, com duas falas, quando ele e seu exército estão a caminho da Polônia. Ele diz ao seu capitão “Vá, capitão, cumprimentar por mim o soberano dinamarquês. Diga-lhe que, por esta licença, Fortimbrás solicita a permissão prometida de passagem por seu reino” (Go, captain, from me greet the Danish king:/ Tell him that, by his license, Fortinbras/ Claims the conveyance of a promis’d march/ Over his kingdom) (4.4).

Ele reaparece apenas na última cena da peça, de volta de sua bem-sucedida campanha na Polônia. No filme dirigido por Kenneth Branagh, que também desempenha o papel de Hamlet, a chegada do exército norueguês ao castelo de Elsinore é uma invasão militar devidamente planejada. Neste caso, o príncipe Fortimbrás estaria desobedecendo à promessa de não atacar a Dinamarca feita ao rei norueguês, seu tio. No texto da peça, a visita de Fortimbrás ao castelo parece ser de cunho protocolar, para aproveitar o ensejo de sua passagem de volta à Noruega. Dadas as novas circunstâncias escontradas, ele refaz seu discurso e diz:

“Quanto a mim, com pesar abraço minha fortuna:/ Tenho antigos direitos neste reino,/ Que as circunstâncias me convidam a reivindicar” (Let us haste to hear it,/ And call the noblest to the audience./ For me, with sorrow I embrace my fortune:/ I have some rights of memory in this kingdom,/ Which now to claim my vantage doth invite me) (5.2).

Este não parece ser o discurso do comandante de um exército invasor. Se for, o príncipe Fortimbrás é um político extremamente hábil, merecedor portanto do voto que Hamlet lhe atribui em suas últimas palavras, dirigindo-se ao amigo Horácio:

“Oh, Horácio, estou morrendo!/ O veneno potente subjuga completamente meu espírito:/ Não vou viver para ouvir as novas da Inglaterra;/ Mas profetizo que a eleição recairá sobre/ Fortimbrás: ele tem meu voto moribundo;/ Conte-lhe, com todos os incidentes, grandes e pequenos,/ Que me levaram — o resto é silêncio” (O, I die, Horatio;/ The potent poison quite o’ercrows my spirit:/ I cannot live to hear the news from England;/ But I do prophesy the election lights/ On Fortinbras: he has my dying voice;/ So tell him, with the occurrents, more and less,/ Which have solicited —The rest is silence) (5.2).

Com Fortimbrás, restabelece-se a ordem no reino da Dinamarca.[:de]A primeira referência ao jovem Fortimbrás, filho do falecido rei da Noruega, é feita na primeira cena da peça. Horácio explica a Marcelo e Bernardo, seus companheiros na guarda do castelo, as circunstâncias da morte do rei Fortimbrás, em combate contra o rei Hamlet. Horácio conta que “o jovem Fortimbrás, inexperiente e impulsivo, reuniu fraudulentamente um bando de aventureiros sem terra, aqui e ali, nos limites da Noruega” (young Fortinbras,/ Of unimproved mettle, hot and full,/ Hath in the skirts of Norway, here and there,/ shark’d up a list of landless resolutes) (1.1), disposto a invadir a Dinamarca e recuperar as terras perdidas por seu pai.

É curioso observar que três dos personagens da peça têm por objetivo vingar a morte do pai: o jovem Fortimbrás, Hamlet e Laerte.

No despacho real da segunda cena do Primeiro Ato, o rei Cláudio expõe para os presentes as razões pelas quais ele envia embaixadores à vizinha Noruega, com uma carta para o soberano daquele país, “o qual, afastado e acamado, talvez mal saiba das intenções de seu sobrinho, — para que reprima seus próximos passos, já que o jovem está alistando pessoas e fazendo provisões entre seus súditos” (Who, impotent and bed-rid, scarcely hears/ Of this his nephew’s purpose, —to suppress/ His further gait herein; in that the levies,/ The lists, and full proportions, are all made/ Out of his subject) (1.2).

Quando do retorno dos embaixadores, na segunda cena do Segundo Ato, a situação se tranqüiliza. As tropas recrutadas serão usadas contra os poloneses e não mais contra a Dinamarca, que servirá apenas de território de passagem.

A primeira participação física de Fortimbrás no palco só ocorre na quarta cena do Quarto Ato, com duas falas, quando ele e seu exército estão a caminho da Polônia. Ele diz ao seu capitão “Vá, capitão, cumprimentar por mim o soberano dinamarquês. Diga-lhe que, por esta licença, Fortimbrás solicita a permissão prometida de passagem por seu reino” (Go, captain, from me greet the Danish king:/ Tell him that, by his license, Fortinbras/ Claims the conveyance of a promis’d march/ Over his kingdom) (4.4).

Ele reaparece apenas na última cena da peça, de volta de sua bem-sucedida campanha na Polônia. No filme dirigido por Kenneth Branagh, que também desempenha o papel de Hamlet, a chegada do exército norueguês ao castelo de Elsinore é uma invasão militar devidamente planejada. Neste caso, o príncipe Fortimbrás estaria desobedecendo à promessa de não atacar a Dinamarca feita ao rei norueguês, seu tio. No texto da peça, a visita de Fortimbrás ao castelo parece ser de cunho protocolar, para aproveitar o ensejo de sua passagem de volta à Noruega. Dadas as novas circunstâncias escontradas, ele refaz seu discurso e diz:

“Quanto a mim, com pesar abraço minha fortuna:/ Tenho antigos direitos neste reino,/ Que as circunstâncias me convidam a reivindicar” (Let us haste to hear it,/ And call the noblest to the audience./ For me, with sorrow I embrace my fortune:/ I have some rights of memory in this kingdom,/ Which now to claim my vantage doth invite me) (5.2).

Este não parece ser o discurso do comandante de um exército invasor. Se for, o príncipe Fortimbrás é um político extremamente hábil, merecedor portanto do voto que Hamlet lhe atribui em suas últimas palavras, dirigindo-se ao amigo Horácio:

“Oh, Horácio, estou morrendo!/ O veneno potente subjuga completamente meu espírito:/ Não vou viver para ouvir as novas da Inglaterra;/ Mas profetizo que a eleição recairá sobre/ Fortimbrás: ele tem meu voto moribundo;/ Conte-lhe, com todos os incidentes, grandes e pequenos,/ Que me levaram — o resto é silêncio” (O, I die, Horatio;/ The potent poison quite o’ercrows my spirit:/ I cannot live to hear the news from England;/ But I do prophesy the election lights/ On Fortinbras: he has my dying voice;/ So tell him, with the occurrents, more and less,/ Which have solicited —The rest is silence) (5.2).

Com Fortimbrás, restabelece-se a ordem no reino da Dinamarca.