Odeia-me, se quiseres; se for agora,
Enquanto o mundo censura meus atos,
Une-te ao escárnio da fortuna, faze-me vergar,
E não mais tornes a me pisotear.
Ah, quando meu coração se afastar desta tristeza,
Não retomes um cansado lamento;
Que a manhã chuvosa não suceda a noite de vento,
Para perpetuar esta proposital derrota.
Se me deixares, não me abandones ao final,
Após outras mágoas terem causado o seu dano,
Mas, no princípio, para experimentar
Antes o pior da força do destino;
E as outras dores, que hoje assim parecem,
Comparadas a te perder, nada mais serão.

 

Then hate me when thou wilt; if ever, now;
Now, while the world is bent my deeds to cross,
Join with the spite of fortune, make me bow,
And do not drop in for an after-loss:
Ah, do not, when my heart hath ‘scoped this sorrow,
Come in the rearward of a conquer’d woe;
Give not a windy night a rainy morrow,
To linger out a purposed overthrow.
If thou wilt leave me, do not leave me last,
When other petty griefs have done their spite
But in the onset come; so shall I taste
At first the very worst of fortune’s might,
And other strains of woe, which now seem woe,
Compared with loss of thee will not seem so.