Não quero que desposes a minha Musa,
E, assim, deixes de ler
As palavras dedicadas que os escritores usam
Sobre seus belos objetos, abençoando seus livros.
Tu és tão bela em saber quanto em cor,
Colocando o teu valor além do meu louvor;
E assim te vês forçada a buscar de novo
Um olhar mais fresco que já passou.
Faze isso, amor; embora quando vejam
Que toques duros empresta a retórica,
Tu, minha bela, terias simpatizado
Com palavras simples por teu verdadeiro amigo;
E suas cores grosseiras deveriam ser mais bem usadas
Para enrubescer as faces, daquilo que sobra em ti.
I grant thou wert not married to my Muse
And therefore mayst without attaint o’erlook
The dedicated words which writers use
Of their fair subject, blessing every book
Thou art as fair in knowledge as in hue,
Finding thy worth a limit past my praise,
And therefore art enforced to seek anew
Some fresher stamp of the time-bettering days
And do so, love; yet when they have devised
What strained touches rhetoric can lend,
Thou truly fair wert truly sympathized
In true plain words by thy true-telling friend;
And their gross painting might be better used
Where cheeks need blood; in thee it is abused.