Ó, não me chames para justificar os erros
Que tua grosseria derrama sobre meu coração;
Não me firas com teu olhar, mas com tua língua;
Usa a força contra mim, e não me mates por capricho;
Dize que amas a outro, mas sob a minha vista,
Querida, evita olhar para o outro lado;
Para que ferir-me com destreza quando usas
Mais força do que eu para me defender?
Deixa-me desculpar-te: “Ah, meu amor sabe bem
Que sua beleza tem sido minha inimiga,
E, portanto, afasta de mim meus inimigos,
Para que de longe lancem suas injúrias”.
Porém, não faças isso; por estar quase morto,
Mata-me agora com teu olhar, e livra-me da dor.
O, call not me to justify the wrong
That thy unkindness lays upon my heart;
Wound me not with thine eye but with thy tongue;
Use power with power and slay me not by art.
Tell me thou lovest elsewhere, but in my sight,
Dear heart, forbear to glance thine eye aside:
What need’st thou wound with cunning when thy might
Is more than my o’er-press’d defense can bide?
Let me excuse thee: ah! my love well knows
Her pretty looks have been mine enemies,
And therefore from my face she turns my foes,
That they elsewhere might dart their injuries:
Yet do not so; but since I am near slain,
Kill me outright with looks and rid my pain.