Teus dons, tuas palavras, estão em minha mente
Com todas as letras, em eterna lembrança,
Que permanecerá acima da escória ociosa
Além de todos os dados, mesmo na eternidade;
Ou, ao menos, enquanto a mente e o coração
Possam por sua natureza subsistir;
Até que todo o esquecimento liberte sua parte
De ti, teu registro não se perderá.
Esses pobres dados não podem reter tudo,
Nem preciso de números para medir o teu amor;
Assim fui corajoso para dar de mim a eles,
Para confiar nesses dados que sobram em ti.
Manter um objeto para lembrar-te
Seria aceitar o esquecimento em mim.

 

Thy gift, thy tables, are within my brain
Full character’d with lasting memory,
Which shall above that idle rank remain
Beyond all date, even to eternity;
Or at the least, so long as brain and heart
Have faculty by nature to subsist;
Till each to razed oblivion yield his part
Of thee, thy record never can be miss’d.
That poor retention could not so much hold,
Nor need I tallies thy dear love to score;
Therefore to give them from me was I bold,
To trust those tables that receive thee more:
To keep an adjunct to remember thee
Were to import forgetfulness in me.