Para aguçar nossos apetites
Urgirmos o palato a provar de tudo;
Para prevenir moléstias desconhecidas
Adoecemos para afastar as doenças ao nos purificar.
Mesmo assim, prenhe de tua doçura inebriante,
Para amargar os molhos fiz a minha comida,
E, doente de bem-estar, encontrei um tipo de igualdade
Para adoecer onde houvesse necessidade.
Eis a política do amor, antecipar
Os males que não existem, alimentados pelas falhas,
E trazidos à medicina em condição saudável,
Que, igualada à bondade, seria curada pelo mal.
Mas, então, aprendi, e vejo a verdade na lição,
Os remédios envenenam quem adoeceu de ti.
Like as, to make our appetites more keen,
With eager compounds we our palate urge,
As, to prevent our maladies unseen,
We sicken to shun sickness when we purge,
Even so, being tuff of your ne’er-cloying sweetness,
To bitter sauces did I frame my feeding
And, sick of welfare, found a kind of meetness
To be diseased ere that there was true needing.
Thus policy in love, to anticipate
The ills that were not, grew to faults assured
And brought to medicine a healthful state
Which, rank of goodness, would by ill be cured:
But thence I learn, and find the lesson true,
Drugs poison him that so fell sick of you.