Quem diz mais? Qual deles diz mais,
Do que este rico elogio – de quem tu és,
Em cujo confinamento está guardado
O modelo onde crescem teus pares?
A magra penúria da pena vive
De não retirar a glória de seu objeto;
Mas aquele que escreve sobre ti, se puder dizer
Quem tu és, assim dignifica a sua história.
Deixa-o copiar o que está escrito em ti,
Sem piorar o que a natureza deixou claro,
E que ela dê fama à sua inteligência,
Tornando seu estilo admirado em toda a parte.
Tu, às tuas bênçãos de beleza, acrescentas uma praga,
Teu gosto por elogios torna-os piores.
Who is it that says most? which can say more
Than this rich praise, that you alone are you?
In whose confine immured is the store
Which should example where your equal grew.
Lean penury within that pen doth dwell
That to his subject lends not some small glory;
But he that writes of you, if he can tell
That you are you, so dignifies his story,
Let him but copy what in you is writ,
Not making worse what nature made so clear,
And such a counterpart shall fame his wit,
Making his style admired every where.
You to your beauteous blessings add a curse,
Being fond on praise, which makes your praises worse.