Teu peito contém todos os corações,
Que eu, por não os ter, supus mortos;
E onde reina o amor, e tudo o que o amor mais ama,
E todos os amigos que pensei jazidos.
Quantas lágrimas santas e obsequiosas
Roubaram o amor sagrado de meus olhos,
Como maldição dos mortos, que agora ressurge
Entre coisas invisíveis que em ti se ocultam!
Tu és a tumba onde o amor enterrado vive,
Preso aos trunfos dos amores que partiram,
Que entregaram a ti tudo que pertence a mim;
E, por isso, tudo agora é apenas teu:
Tudo que neles amei, eu vejo em ti,
E tu (todos eles) me tens em tudo o que sou.

 

Thy bosom is endeared with all
Which I by lacking have supposed dead,
And there reigns love and all love’s loving parts,
And all those friends which I thought buried.
How many a holy and obsequious tear
Hath dear religious love stol’n from mine eye
As interest of the dead, which now appear
But things removed that hidden in thee lie!
Thou art the grave where buried love doth live,
Hung with the trophies of my lovers gone,
Who all their parts of me to thee did give;
That due of many now is thine alone:
Their images I loved I view in thee,
And thou, all they, hast all the all of me.