Deve a minha mente, coroada de ti,
Sorver a praga do rei, este elogio?
Ou devo dizer que meu olho não mente,
E que teu amor ensinou-lhe esta alquimia,
De transformar monstros e coisas indigestas
Em querubins semelhantes à tua doce imagem,
Transmutando todo o mal em perfeito bem
Tão rápido quanto tudo dele se aproxima?
Ó, eis o primeiro, o elogio a meu ver,
E minha grande mente majestosamente o sorve.
Meus olhos sabem bem o que a língua prova,
E para o palato prepara o copo.
Se for veneno, será um pecado menor
Do que meu amor por ele e, assim, principio.

 

Or whether doth my mind, being crown’d with you,
Drink up the monarch’s plague, this flattery?
Or whether shall I say, mine eye saith true,
And that your love taught it this alchemy,
To make of monsters and things indigest
Such cherubins as your sweet self resemble,
Creating every bad a perfect best,
As fast as objects to his beams assemble?
O,’tis the first; ‘tis flattery in my seeing,
And my great mind most kingly drinks it up:
Mine eye well knows what with his gust is ‘greeing,
And to his palate doth prepare the cup:
If it be poison’d, ‘tis the lesser sin
That mine eye loves it and doth first begin.